quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Infinito.



E me pergunto
Onde o infinito está
Talvez por puro tédio
Ou por querer chegar lá

Quando me deparo com um homem
Parecia abalado, um tanto triste
“Desista de procurar, meu jovem
Esse tal infinito, não existe.”

Logo percebo
Que depende de ser melhor
Não depende de sorte
E sim do próprio suor

“Torno dele um desejo
Passo a querer tanto ir
E você, meu caro, me vem com a ideia
De que ele possa não existir?

E sobre esse infinito
Eu vou fazer dele um lugar
Vou continuar caminhando
E pode crer, meu caro, eu não vou voltar.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Atemporal.

Parecia atemporal
Já se tornara verdade
De tanto que fazia mal 
Parecia enfermidade

Tentou deixar seu peito em casa 
Saiu pra caminhar
Mas o coração tem asa 
E foi lhe procurar 

Viu que não lhe sobrara nada 
Quando o sentimento lhe abraçou 
Sentou na calçada 
Abaixou a cabeça, e chorou 

É o que resta de verdade
Para alguém que tentou 
Por pura vaidade
Vencer o amor.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Meu nome é Amor.



Artista ele não é
Mas já o vi em todo lugar
Entre pretos, brancos, ricos, pobres
Não procura diferenciar

Professor também não é
Mas gosta de ensinar
E que o seu assunto preferido
É a arte de somar

Certo dia me encontrei vazio
Baixei minha cabeça e desisti
Sentir falta de algo que nunca se teve
Resulta em não saber como agir

Mas pra minha surpresa
Ele veio até a mim e me cumprimentou
Estendeu a mão e disse:
“Prazer, meu nome é Amor.”

(A razão vai continuar aqui
Mas avisa a essa moça, irmão
Que agora quem me guia
É o meu coração.)